Tuesday, June 28, 2011

NOVO ENDEREÇO

EXTRA! EXTRA!
Depois de dois anos de maravilhosos serviços prestados, amores, canções, filmes e muitas descobertas, meus pensamentos agora moram no www.milaburns.com
O prateconfundir vai ficar aqui, como uma belo arquivo desses primeiros anos fora de casa. Mas as novidades da cidade mais incrível do mundo, agora estão de casa nova.
Espero vocês lá!

Wednesday, June 1, 2011

Julie Kent é Giselle

Ontem, patrocinada pela amiga Juliana Rosa, fui ver Giselle na Met Opera. O ABT, em qualquer versão, já vale a ida. Só que esta noite foi ainda mais especial. Julie Kent, a melhor intérprete do papel, estava acompanhada de Manuel Carreno, que dançava sua última performance do espetáculo. Emocionante, tecnicamente perfeito, lindo de chorar. Para dar um gostinho, o vídeo que a Ana Cláudia Paixão mandou. Noite para guardar para sempre na memória.

Tuesday, May 31, 2011

Elliott Erwitt no ICP


Elliott Erwitt poderia ser simplesmente um fotógrafo pop. Ele o é. Mas é também dono de um talento único. Consegue resumir a um quadro a expressão de um lugar inteiro. Talvez por isso todas as fotos recebam, como título, o nome do lugar onde foram tiradas. Uma das Nova Yorks está aí do lado. Passar no International Center of Photography é um programão.

Wednesday, May 4, 2011

For dog lovers

Muito fofo o vídeo que Dani me mandou. É de morrer de rir. E dá uma vontade de repetir o feito com o Pinduca... Será que um dia eu consigo?

Sunday, May 1, 2011

Omaha Feelings


Veio de casa o exemplo. Trabalhe, seja honesta, esforçada e, mesmo que demore, a recompensa vem. Lembro das broncas homéricas que recebia se jogasse lixo no chão. Pintar minhas bonecas, tudo bem, afinal, eram minhas. Mas estragar o "coletivo", como meu pai dizia, o que era de todo mundo, ah, isso era imperdoável. Tendo a retidão e a dedicação como guias, fui tocando o barco. E como a tal da recompensa demora pra quem escolhe, como dizia Tim Maia, "o caminho do bem"! Mas ela chega.
Morei em várias cidades, me apaixonei por muitas delas, preservo bons amigos, conquistei algumas coisas no trabalho. Mas depois de muito esforço, me dei conta de que talvez estivesse negligenciando o mais importante: eu mesma. Preocupada com o coletivo, esqueci que eu fazia parte dele. Acabei me deixando de lado em várias situações.
Nem sei por que esse assunto surgiu. Aliás, sei. Estou em Omaha, no Nebraska. Para quem não tem mapa, fica na meiuca dos Estados Unidos. Vim para cá cobrir o Encontro anual de acionistas da Berkshire Hathaway, conglomerado do bilionário Warren Buffet. A cidade não tem nenhuma grande atração fora esse evento e é a cara dos Estados Unidos. Uma porção de malls cortados por highways, grandes estacionamentos e uma Radioshack em cada esquina.
Vi essa paisagem ano passado inteiro e o retorno para Nova York me havia feito esquecer como a vida pode ser pequena. Se a gente permitir que o cenário da nossa história seja este, que os figurantes estejam sempre preocupados com o efêmero e que o diretor nos diga como fazer cada movimento, o filme passa, ninguém se lembra e o protagonista chega a um final nem triste nem feliz. Água choca, como dizem os portugueses. Tô fora. É moleza procurar vilões. Eles sempre vão existir, reais ou fictícios. Difícil é ser autor da sua própria história.
Faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro leva o barco devagar. Mas leve, você mesmo, seu barco.


Spring in NY

Demorou, mas a primavera chegou a Nova York. E se a cidade já é imbatível no frio, quando ela começa a ficar colorida, você se sente o mais feliz dos mortais por fazer parte dela.
Com uma super 8 nas mãos, aí é felicidade demais. Fiz um vídeo para dar as boas-vindas à estação que ensinou Cecília Meirelles, inspirou Tim Maia e me faz tão feliz!

Friday, April 8, 2011

Duas belezinhas assustadoras no New Museum


A exposição de Lynda Benglis no New Museum é um banho de novidade. Apesar de quase tudo por lá ser do início da década de 70. Como pode? Também não sei. Acho que a temporalidade é o poder maior que uma obra de arte pode conquistar. E ver aqueles quadros/esculturas é tão moderno hoje quanto deve ter sido àquela época.
Mas o que me pegou pelo pé na minha última visita ao New Museum foi o George Condo. Os rostos repulsivos nos lembram uma humanidade odiosa e verdadeira. A pequenez do indivíduo está toda ali, retratada em bochechas com dentes, olhos amorfos, bocas tortas. Tanta gente estava naquelas telas... É impressionante como, na despretensão, na falta de um estilo uniforme, o artista consegue muitas vezes ser mais engajado que quem o faz intencionalmente. Bom demais descobrir a obra dele.
E para completar, a poucas quadras no New Museum ficam as melhores padarias de Chinatown. Um pão de côco com café para pôr a cabeça em ordem. Ou tirá-la de vez do lugar.