andanças de uma jornalista, antropóloga, costureira, cozinheira, que faz de quase tudo um pouco e tem tempo de sobra pra ser feliz
Friday, April 8, 2011
Duas belezinhas assustadoras no New Museum
A exposição de Lynda Benglis no New Museum é um banho de novidade. Apesar de quase tudo por lá ser do início da década de 70. Como pode? Também não sei. Acho que a temporalidade é o poder maior que uma obra de arte pode conquistar. E ver aqueles quadros/esculturas é tão moderno hoje quanto deve ter sido àquela época.
Mas o que me pegou pelo pé na minha última visita ao New Museum foi o George Condo. Os rostos repulsivos nos lembram uma humanidade odiosa e verdadeira. A pequenez do indivíduo está toda ali, retratada em bochechas com dentes, olhos amorfos, bocas tortas. Tanta gente estava naquelas telas... É impressionante como, na despretensão, na falta de um estilo uniforme, o artista consegue muitas vezes ser mais engajado que quem o faz intencionalmente. Bom demais descobrir a obra dele.
E para completar, a poucas quadras no New Museum ficam as melhores padarias de Chinatown. Um pão de côco com café para pôr a cabeça em ordem. Ou tirá-la de vez do lugar.
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