Monday, April 12, 2010

Dia 72 (10/02) - Não qualquer azul azul


Quando cheguei a Cancún, o Caetano Veloso parecia berrar "Rumba Azul" no meu ouvido. "À la Rumba Azul, vamos!". Tudo na cidade é azul e de um azul quqase inexistente, que já não há. "Azul que é pura memória de algum lugar". Desculpem pelas citações, mas elas não vão parar até o fim deste post. É que ver poesia assim, na sua frente, pisar em poesia, se banhar em poesia, sentir cheiro de poesia, deixa a gente mesmo meio romântico. Lembrei também do Gil, com "não qualquer azul, azul, de qualquer céu, qualquer dia, o azul de qualquer poesia, de samba tirado em vão". Foi mal, Gil, mas este azul não é apenas o "que a gente fita no azul do mar da Bahia" (que, aliás, pra mim tá mais pra verde), mas o azul do caribe mexicano. Pensei que fosse coisa de photoshop. Nada disso. Como diz a Dany, parece que tem uma luz vinda da areia, é uma coisa meio sobrenatural. Chegamos cansados, depois de um sono curto, mas ficamos o dia inteiro esticados na areia, com pausas apenas para um mergulho na piscina. Ops, no mar. É que mar mais azul que piscina eu nunca tinha visto. Nada melhor que, no meio de tanta turbul6encia, encontrar "um lugar bonito e tranquilo pra gente se amar".


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