Sunday, August 2, 2009

Desconstruindo Londres


Três dias sem escrever bastam pra parecer que uma eternidade se passou. Princialmente quando esses três dias se passam longe de casa. Começando pelo começo, gravei o dia todo na sexta mas, à noite, tive uma surpresa maravilhosa. Jantei com Denise e David, sweethearts desde os tempos da faculdade que se casaram e estão morando aqui. Fomos a um vietnamita com direito a rolinho primavera de primeira e sorvete de tapioca de sobremesa. Delicioso. Só não tanto quando lembrar como é bom ter amigos há muito tempo. Chico diz que a quantidade de amigos que se tem há mais de dez anos diz muito sobre a pessoa. Nesse quesito estou bem servida (quando eu ia pro aeroporto, Carol me lembrou que é minha melhor amiga há vinte anos!), mas nunca é demais perceber que tem algumas pessoas que não passam. Não via os dois há anos. A Dê então, nem se fala. Queria saber tudo, mas o mais importante eu soube no primeiro abraço. Os dois continuam com a mesma essência. São lindos, bondosos, apaixonados e cheios de amor pra espalhar. Inteligentes, interessados, companheiros, inspiradores. Saravá!
Foram eles que me indicaram o meu passeio da manhã de sábado. Era meu único tempo livre na cidade, pois 1pm tinha gravação de novo. Fui correndo até o Design Museum. Um barato. Além de uma linha do tempo super interessante, de 1960 a 2009, mostrando como o mundo mudou esteticamente, sempre pautando os principais acontecimentos históricos de cada ano. Além disso, uma temporária do designer espanhol Javier Mariscal era de encher os olhos. Ele é o talentoso moço que fez o bonequinho dos Jogos Olímpicos de Barcelona. Além de o trabalhos serem lindos, a exposição era maravilhosa, de um bom gosto tremendo. Cortinas de canudinhos pretos separavam uma ala da outra. Os trabalhos, ora pendurados, ora espalhados pelo chã ou pelas paredes encheram de cor o dia.

Até eu chegar ao metrô. Fecharam uma linha porque algum maluquinho esqueceu uma bolsa na estação. Deve ser terrível viver numa cidade com medo de terroristas. Pelo menos no caminho até o metrô me deparei com a figura da foto ao lado. Um artista de rua, que me lembrou aquele quadro do Magritte, O Homem com chapéu de côco. Genial.

1 comment:

Denise Dweck said...

Mila,
Só vi hoje este teu post, pois também só hoje descobri o blog. Adorei o que você escreveu. E, devo dizer, também guardei uma boa lembrança daquele jantar e do reencontro.
Espero por outros.

beijo grande,