É chato quando, depois de conhecer tanto lugares incríveis, a gente se desaponta com algum. Espero que seja uma primeira impressão equivocada, mas até agora estou bem decepcionada com o Texas. As paisagens são mesmo bonitas, mas, como já havia lido, as pessoas têm uma mania de grandeza um tanto desagradável. Começa no trânsito, com motoristas agressivos e, ouso dizer, implicantes. Sabe aquela galera que cola na sua traseira antes de ultrapassar? Aqui isso é regra. Faz os motoristas cariocas parecerem anjinhos. Ontem resolvemos ir ao cinema, finalmente, ver Hurt Locker (que eu adorei, aliás). As pessoas corriam para entrar na fila antes da gente e pareciam não fazer a menor questão da nossa presença. Seguimos para um concerto no AT&T Center for the performing arts. Eu tinha lido que o lugar era um forte concorrente ao Lincoln Center, que tinha uma estrutura incrível e tal. Pois bem, chegando lá, antes da apresentação, o cara fez um discurso enorme em que repetiu, quatro vezes, que estávamos no melhor palco do mundo, e que este palco não ficava em Paris ou NY, mas na melhor cidade do mundo, Dallas. Sabe por que Dallas nunca será NY? Por causa de senhores como esse, com um pensamento tacanho que os leva a achar que uma construção grandiosa - como um estado grandioso - basta. O que faz um palco é o artista, assim como o que faz um lugar são as pessoas. Uma pena uma cidade com tamanha estrutura, um estado com tanta riqueza se perder na sua própria grandiosidade. Nossa como eu estou brava! Tomara que até o fim da semana eu mude de idéia. Por enquanto, acho que quem mess with Texas, como eles gostam de dizer, são os próprios texanos.
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