Fui ao Colón com minha irmã, que me rendeu a melhor história. Insisti que fossemos e ela não queria de jeito nenhum. Só aceitou quando prometi que sairíamos ao fim do primeiro ato, se ela quisesse. Tinha certeza de que ela ficaria tão apaixonada, que desistiria e me encheria de beijos, pedindo pra ficar até o final. No fim do primeiro ato, ela me olha e diz: "vamos? quero achar um cyber café aberto". Julia é das pessoas mais decididas que conheço. Não acreditei, mas abandonei Don Carlo, de Verdi, no meio.
teve, ainda, a incrível Ópera de Viena. Compramos ingresso no dia. Três horas de pé, embasbacados. Lembro que tínhamos que entrar cedo para guardar lugar, então amarramos o cachecol na barra à frente e, quando voltamos, lá estava nosso lugar guardado!
O mais louco é que a Ópera de Viena foi erguida em 1801 justamente por Emmanuel Schickaneder, o libretista da... Flautá Mágica!
O espetáculo do momento começava com um enorme dragão chinês. Nem mesmo os motivos maçônicos (tenho que descobrir o que Mozart tinha com a maçonaria) conseguiram me afligir. Saí de alma lavada. É tão bom imaginar que é possível reunir tantas cores, tantos sons num só palco. Diante daquele emaranhado de sentimentos, de repente o show do U2 me pareceu técnico demais. Sei lá. Muito bom saber que tanta beleza está logo ali, a dua estações de metrô. Deve ser incrível morar numa cidade assim.
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