Sunday, September 13, 2009

Too good to be true


Quando vim para Nova York decidi que seria um ano para realizar sonhos. Sabia que não juntaria dinheiro, me assustaria com os preços das coisas, mas queria ficar de café com leite, aproveitando tudo o que a melhor cidade do mundo tem a oferecer. 
Fui a vários shows bacanas, espetáculos de dança, balé, ópera, cinema toda semana, museus. E o ano ainda não terminou. Só que uma coisinha ainda me incomodava um bocado. Desde os nove anos, na época em que o Jaime Oncins começou a fazer sucesso na Copa Davis (lembra do Jaime Oncins?), decidi aprender a jogar tênis. Joguei por alguns anos no Álvares Cabral, um clube divertido de Vitória. Depois, já no Rio, passei a jogar no Flamengo, e, em Macaé, sem mais nada a fazer além de trabalhar, passava todo o tempo de folga enfiada na quadra. Gosto muito de esportes. Vou ao estádio sempre, vejo até golf na ESPN, mas tênis era outra coisa. Coisa de parar no meio da estrada, durante uma viagem, se houvesse jogo de Grand Slam. Coisa de chorar, saber as posições de cada jogador no ranking, achar o McEnroe bem mais divertido que o Borg e por aí vai. Tudo isso, pela televisão. Até ontem.
Juntei meu rico dinheirinho e lá fui eu pro US Open. Na verdade, a jornada começou na sexta, quando os jogos foram cancelados pela chuva. Ontem choveu o dia inteiro, mas deu tempo de ver o Nadal dar um pneu no Gonzalez, me divertir com as pessoas dançando pro telão, comer pizza quatro queijos. Eu ficava olhando a quadra e rindo sozinha. Mais um sonho foi pra conta. Agora só me falta Roland Garros. Allez, Mila!

1 comment:

Unknown said...

Só um comentariozinho: muita coisa parece boa para ser verdade. Mas a verdade é assim mesmo, boa, bonita, real. A vida é tão generosa com quem a ama!