Sunday, September 27, 2009

Powerpuff girls


Acabei de descobrir que o meu blog tem leitores! Não é incrível? Além do Chico, da Évelin e do Maurício (que me mandou o presente mais fofo dos últimos tempos, um moleskine para eu anotar tudinho de NY), o Rafa também lê. 
A idéia de fazer um blog era só para deixar registradas as coisas incríveis que fiz e descobri aqui em Nova York, para que eu mesma não esquecesse. Mas acabei deixando o endereço num cantinho do Facebook e... eba! Gente legal está vendo. Muitas das memórias já ficaram pra trás. Aconteceram antes do Pra te confundir. O balé de abertura da temporada do Lincoln Center, que vi com minha mãe e as peças que vimos na Broadway (Fantasma e Mamma Mia), West Side Story com Cacá, o jazz no porão de um boteco no Harlem, o show do Sondre Lerche, o show do Morrisey (meu primeir Carneggie Hall) e até o dia em que descobri que havia cachoeiras no Central Park (aliás, só as corridas pelo parque renderiam um post por dia). Não dá pra guardar tudo, mas é bom demais saber que essas coisas ficam protegidas do inclemente coador da memória. 
Nos últimos dias vi "Norma Rae" (adorei), "La pianiste" (proibido para dias de fossa), "O tiro no pianista" (sem surpresa alguma, maravilhoso), "The boys are back" (chatiiiiiiiinho) e ontem a lindeza maior da semana,  "Coco before Chanel".
Sempre fui fascinada por filmes de superação. Aqueles em que o time de baseball mais fraco vence um jogo improvável e vai às finais da temporada (e, claro, sai campeão). Aqueles em que o aluno mais sacaneado ganha  concurso de matemática e vira herói. Mas gostava mais ainda quando as personagens centrais eram mulheres. Talvez por isso minha prima tenha decorado as falas de "Karatê Kid" e eu tenha ficado com "Flashdance".
Talvez por isso eu tenha gostado de "Norma Rae" e adorado "Coco (...)". Audrey Tautou, sempre linda, empresta doçura a uma mulher que a mistura com acidez. No filme, Coco aparece antes de se tornar Chanel, como o próprio nome informa, mas já cheia de estilo. Deixa de lado as plumas e acessórios para fazer as roupas a partir de ternos do namorado (acho que aquilo não se chama namoro, mas vá lá). Usa camisetas de pescador com uma faixa preta amarrada à cintura, descobre o tweed, sofre por amor. A mim, só restou correr pra casa e costurar. E o vestido ficou bem bonitinho.

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