Tuesday, February 2, 2010

Dia 1

A gente não se dá conta de que o sonho é verdade até a verdade gritar nos nossos ouvidos. Minha verdade chegou às quatro da manhã de sexta-feira, dia 29 de janeiro de 2010, quando o despertador gentilmente lembrou, com "Across the universe", na voz de Rufus Wainwrigth, que era hora de seguir para o aeroporto. Fomos eu, o repórter cinematográfico Francisco Quinteiro Pires, meu cachorro Pinduca, minha gata Dindi, sete malas grandes, três pequenas e um violão.

Na chegada ao aeroporto precebemos que era o início de uma feliz empreitada. A moça do check-in não cobrou pelas quatro primeiras malas. Disse que eu parecia a filha dela, que nunca viajava com menos de três malas, e sugeriu que usássemos o bilhete do vôo São Paulo - Nova York, que fizemos menos de um mês antes, para usar os privilégios de vôos internacionais. Tudo dentro das normas da companhia, mas que jamais saberíamos não fosse a boa vontade da atendente. E teve mais.

Depois de passarmos pelo detector de metal nos equilibrando com tanta bagagem de mão, um cachorro e uma gata, ouvi meu nome sendo chamado na fila de embarque. "Senhora Burns, favor comparecer à mesa". Chegando lá, a notícia. "A senhora não pode embarcar com dois animais na classe econômica. Um é o limite. Vai ter que voltar ao guichê de check-in, comprar uma caixa especial para animais, e despachar um deles". A veterinária já havia me precavido, mas depois de ser autorizada pela gentil moça do check-in, aquilo foi um balde de água fria. Até que veio mais uma boa notícia. "Senhora, infelizmente não vai dar tempo. A senhora terá de ir na classe executiva". Infelizmente, cara pálida? Lá fomos nós, eu e Pinduca. Francisco, sabendo que eu não havia dormido nada na noite anterior, ansiosa com a viagem, foi na classe econômica com Dindi, que é bem mais calma.

Desembarcamos numa Los Angeles ensolarada um dia depois de Francisco ver neve pela primeira vez, em Nova York. Fomos direto à produtora, onde nos receberam com uma sacola de boas vindas recheada de delícias brasileiras. De guaraná a bolacha de chocolate. Almoçamos juntos, a equipe mais animada dos últimos tempos. Depois seguimos para o estacionamento onde estava nossa nova casa.

O encontro com Moby Dick, que ganhou esse nome por ser grandalhona e guerreira como a baleia de Melville, foi emocionante. Era linda demais, do jeitiho que eu imaginava. Lá aprendemos a acoplar o carro no guincho e seguimos, com o funcionário deles Josh, ao volante, para o nosso primeiro acampamento.

Descobrimos, então, que a vida na casa nova era trabalhosa, mas deliciosa. Tínhamos que fazer os "hook-ups", as ligações de água, eletricidade e esgoto, mas nenhuma era um bicho de sete cabeças. Todos acompanharam, aprenderam, ajudaram. Depois, cada um seguiu seu rumo e eu e Francisco seguimos para fazer compras. De volta ao novo lar, só consegui fazer um penne com molho de tomate e capotar na cama. Feliz da vida.

2 comments:

Rolgama said...

kkkkkkkk...
figurinha!!
dindi e pinduca nessa trip!!!
só vc mesmo titia!!!
ainda tirando onda de classe executiva!!
to adorando amiga!!!
e torcendo !
bjks!

Rolgama said...

vem cá? vcs não estão precisando de faxineira no home não, hein??? eletricista... garagista... topo qq negócio!!! rsrsrsrs...