Friday, February 26, 2010

Dia 26 (23/02) - Napa: entre castelos e armazéns


Já fazia tempo que eu queria conhecer o Napa Valley. Adoro vinho e desde que vim pros Estados Unidos passei a gostar muito dos californianos. O problema é que chovia muito, muito. Primeiro fomos encontrar a Angélica, uma brasileira que seria nossa guia. Ela disse que mais ou menos uns dez brasileiros moram na região. É pouco, mas valia a pena desocbrir quem eram e o que eles faziam por lá. Já começamos descobrindo que o vinho está tão arraigado à cultura do local que quase todo mundo tem uma adega em casa. Angélica tinha uma bem bacana. Até o salão de beleza onde ela trabalhava tinha uma plantação de uvas nos fundos. Nossa primeira parada foi a vendinha do Seu Osvaldo, uma figura. Nascido em Osvaldo Cruz, viveu no Rio até os doze anos, quando se mudou para a Itália, onde os pais haviam nascido. Serviu na segunda guerra, desertou, ficou dois anos escondido nas matas e consegiuu vir para a América. Isso foi há mais de cinquenta anos. E Seu Osvaldo insiste que não fala inglês! Amigão de Francis Ford Coppola e de outros produtores de vinho menos cinematográficos, se diz brasileiro de família italiana. Americano, nunca! Falamos de futebol, feijoada, carnaval e ainda conhecemos a Dona Neide, uma cliente amazonense dele que está em Napa há quarenta anos. Ainda passamos no Culinary Institute of America (CIA), onde conversamos com o chef Almir da Fonseca, brasileiro bamba do lugar. Fechamos as gravações no Castello di Amorosa, uma construção medieval, com direito a sala de torturas, armaduras e igrejinha, que foi construída nos anos 2000 por um produtor de vinhos meio maluco, como todo visionário. A vinícola é hoje uma das mais visitadas e respeitadas da região. Voltamos ao CIA, considerado um dos 100 melhor restaurantes do país, para jantar. Fez valer a chuva, a coreria, o cansaço.

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