Saturday, February 27, 2010

Dia 30 (28/02) - Mila num céu de diamantes


Sabe o que? Las Vegas tem seu charme. Tá, talvez não seja Las Vegas, e sim o Cirque du Soleil. Mas que tem, tem. Logo cedo fomos andar pela Las Vegas Boulevard, que parece ser a única rua da cidade. Nela estão todos os hotéis, ou seja, todos os pontos turísticos da cidade. Muito louco um lugar em que o que se tem para ver são hotéis. Mais louco ainda que eles representem lugares de verdade que, claro, são infinitamente mais lindos. O Empire State pequenininho, a Opera de Paris de parede de isopor, pessoas andando em gôndolas dentro de uma piscina... Tudo beeeem estranho. Mas gostei das águas dançantes. Cafona, mas divertido. Ainda almoçamos num italiano onde Frank Sinatra costumava ir (lembrei na hora de um restaurante em Madri que exibia orgulhoso uma placa "Ernest Hemingway never ate here") na época em que andava grudadinho com o pessoal da máfia italiana. Deve ter sido destino eu ter lido "Frank Sinatra has a cold" ano passado. Não fosse pela garçonete russa que nos atendeu, eu continuaria achando que as pessoas aqui são as mais antipáticas em que trombamos até agora. Epa! Ela é russa... então... À noite, apesar da chuva, seguimos para o compromisso mais aguardado do século: Love! Há tempos queria ver o espetáculo do Cirque du Soleil com músicas dos Beatles. Primeiro, pelos Beatles. Depois, pelo Cirque du Soleil. E valeu a pena pelos dois. É muito lindo ver os hinos da sua vida ganhando interpretações tão ricas, coloridas. Lucy passeava por um céu de diamantes de verdade (com luzinhas espalhadas pela platéia), polvos surgiam numa espécie de jardim debaixo d'água, soldados tentavam segurar acrobatas de volta à USSR. Lindo, lindo, lindo. Me acabei de chorar e voltei para casa de alma lavada. E achando que Las Vegas pode, sim, valer a pena.

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